15 de outubro de 2012

Resenha: Filme Um homem de Sorte

Olá meninas! Como vão vocês nesse fim de feriado? Eu passei longe do pc e do blog esses últimos dias, infelizmente, por falta de oportunidade, mas espero que tenham aproveitando bem. E vamos ao que interessa! Estava em meio ao "nada pra fazer", fui assistir Um homem de Sortee resolvi trazer a resenha pra vocês:


Crítica escrita por Ulisses da Motta Costa.

Um Homem de Sorte é um filme dedicado ao público feminino mais adulto -- afinal, Hollywood é uma indústria que precisa proporcionar entretenimento para todos os tipos de gosto. Portanto, esta fita não é uma comédia romântica e pouco tem a ver com o público adolescente. É um romance na acepção mais pura da palavra, que investe num visual mais elegante e num ritmo mais calmo. E tem as escolhas pensadas para apaixonar a mulherada.

Baseado num livro, o filme conta a história de Logan (Zac Efron), um ex-combatente da Guerra do Iraque que é salvo por acaso de uma explosão ao encontrar uma foto de uma mulher (Taylor Shilling) perdida em meio aos escombros de uma batalha. De volta ao lar, ele encontra a moça, chamada Elizabeth, numa cidadezinha do interior. Escondendo o motivo de sua presença no local, Logan se envolve com ela, com seu filho (Riley Thomas Stewart) e entra em rota de colisão com o seu ex-marido turrão (Jay R. Ferguson).

Quem já viu uma que outra película romântica já sabe o quão previsível Um Homem de Sorte é. Não há surpresa alguma na narrativa, que segue o jogo de "segredo escondido - sedução - paixão - descoberta do segredo - crise". Para superar esta deficiência narrativa, o diretor veterano Scott Hicks (do ótimo Shine - Brilhante) tenta dar um verniz mais sério ao filme. Em vários momentos, ele consegue: a fotografia não raro é deslumbrante, mergulhando seus personagens numa evocativa luz dourada; e o início, durante a guerra, é vigoroso e dramático.

O problema é o desenrolar óbvio do restante da projeção, que em dado momento começa a cansar a audiência -- e é sintomático que em vários momentos os realizadores optam por acelerar a história com uma montagem de imagens acompanhada com alguma canção simpática. A sensação de que a narrativa não caminha é devidamente piorada pela fraca atuação da protagonista Taylor Schilling, que parece não entrar no clima contemplativo proposto pelo diretor e sempre atua um ou dois tons acima do adequado.

Em contraposição, Zac Efron consegue fazer um bom trabalho com Logan, mesmo quase nunca mudando sua expressão: atrás de sua aparente tranquilidade, ele consegue dar indícios de um sujeito mergulhado num turbilhão de sentimentos conflitantes. Ajuda o fato de que o seu personagem foi criado para apaixonar a espectadora: além de belo, protetor e amigos das crianças e animais, o sujeito ainda conserta qualquer coisa e toca piano. Praticamente impossível concorrer com ele.

Devidamente ajudado por mostrar muitos cães fofos (a personagem Elizabeth tem um hotel para animais) e pelo seu visual elegante, Um Homem de Sorte tem bons momentos mas resvala na falta de uma narrativa que realmente cotejasse a sobriedade que ele queria ter. Contudo, vai achar seu público cativo.


Espero que tenham gostado meninas! Beijocaas :*

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