Tanta gente — como eu.

Tanta gente por aí procurando um amor, procurando alguém pra se prender, pra se render a sentimentos e trocar promessas, e olhares, e afetos, e amores. Tanta gente por aí procurando um coração pra ocupar, e tanta gente desocupando corações. Tanta gente que não sabe nem se amar ainda, que mal conhece à si, mas que ama. Tanta gente que sabe o que quer, e tanta gente como eu, que mal sabe quem é no mundo, e o quanto significa, o quanto suporta, que mal sabe o quanto sabe amar. Tanta gente sobrevivendo aos dias, como um calendário que se risca a cada 24 horas que se suporta a vida. Tanta gente que morre todos os dias de saudade, e de carência. Tanta gente no mundo precisando de um abraço, de um afeto, que novamente resulta no amor, tanta gente precisando de amor. E eu? Quem sou eu cara? A gente tem a mania de se mostrar auto suficiente, ou quem sabe seja por mera sobrevivência, quem sabe seja por medo, porque a gente tem medo de se mostrar fraco, a gente tem medo de precisar das pessoas, e das coisas. A gente tem medo da dependência, medo do amor. — Thamyres Danniely